domingo, 12 de abril de 2009

Contexto Histórico do Livro

Contexto Histórico:

A partir da segunda metade do século XIX, o ambiento social na Europa, sofreu mudanças. A civilização burguesa, industrial e materialista começou a se fortalecer.
As ciências naturais se desenvolveram, o único método cientifico de observação a ser aceitável e o da realidade.
O realismo surgiu na França, em 1857, com a publicação do romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert. Os escritores realistas começaram a tratar mais objetivamente da vida social, contando o que realmente acontecia na época, abandonado o idealismo romântico.
Em Portugal o poeta romântico Antonio Feliciano de Castilho, criticava as novas idéias literárias postas em circulação por alguns jovens estudantes, principalmente por Teófilo Braga e Antero Quental, que respondeu a critica escrevendo uma carta aaberta que foi divulgada com o titulo de “Bom senso e bom gosto”.
Antero defendia a liberdade de pensamento, a independência de novos escritores, ele também atacava a decadente literatura romântica.
Assim nasceu a Questão Coimbra, que passou a ser o marco divisor entre o Romantismo e o Realismo.
Na década de 1880, o Brasil não vivia o processo de desenvolvimento industrial, ao contrario do que acontecia na Europa. No fim dessa década ocorreram ainda o fim da escravidão e a proclamação da República.
Com o fim da escravidão, começou a ser estimulado a vinda de imigrantes para o trabalho nas fazendas, aos poucos eles passaram a trabalhar também nas casas de família, nas fabricas e no comercio.
O marco inicial do Realismo no Brasil foi a publicação de dois romances: O mulato, de Aluísio de Azevedo, e Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Componentes: Daniele Dotto, João Antônio Löbler, Roger Silveira
Turma: 301

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Bibliografia: Aluísio de Azevedo (1857-1913)


Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu a 14 de abril de 1857, em São Luís do Maranhão. Inicia os estudos em sua terra natal, indo depois estudar pintura e desenho, no Rio de Janeiro. Trabalha como caricaturista em jornais políticos e humorísticos. A morte do pai o faz retornar ao Maranhão, onde escreve alguns artigos de caráter político, influenciado pelo materialismo positivista, atacando os conservadores, a tradicional sociedade maranhense e o clero. Publica seu primeiro romance, "Uma Lágrima de Mulher", em 1880. No ano seguinte, choca a sociedade maranhense ao publicar "O Mulato" (primeiro romance naturalista da Literatura Brasileira). Retorna ao Rio de Janeiro, onde passa a viver da venda de seus escritos, o que mal lhe garantia o sustento. Cansado dessa situação, em 1895, o romancista presta concurso para o cargo de cônsul. Aprovado, ingressa na vida diplomática e abandona de vez a literatura. Falece a 21 de janeiro de 1913, em Buenos Aires, Argentina. Por tentar profissionalizar-se como autor, acabou produzindo uma obra diversificada e de qualidade desigual. De um lado, romances românticos (que o autor chamava de "comerciais") seguindo perfeitamente a receita folhetinesca; de outro, romances naturalistas (chamados pelo autor de "artísticos"). Ao primeiro grupo pertencem os romances: "Uma Lágrima de Mulher"; "Memórias de Um Condenado"; "Mistérios da Tijuca"; "Filomena Borges"; "O Esqueleto"; e "A Mortalha de Alzira". Ao segundo, pertencem os três maiores romances de Aluísio: "O Mulato", "Casa de Pensão"; e "O Cortiço". É importante citar que essa divisão não constitui fases, como no caso de Machado de Assis, os romances românticos eram alternados com os naturalistas. É como naturalista que o autor deve ser estudado. Seguindo as lições de Émile Zola e Eça de Queirós, o autor escreve romances de tese, com clara conotação social. É nítida a preocupação com as classes marginalizadas pela sociedade, a crítica ao conservadorismo e ao clero, aliado à classe dominante. Também se destaca a defesa do ideal republicano (em "O Cortiço", a República é proclamada no decorrer da trama, permitindo que o autor explique sua posição quanto a este acontecimento). Numa postura materialista positivista, valoriza os instintos naturais, comparando constantemente seus personagens a animais. Em "O Mulato" já estão presentes todas as principais características do Naturalismo: o amor pela natureza, a negação da metafísica, o "desrespeito" pela religião, o entusiasmo pela saúde do corpo, o real-sensível e o materialismo.
Suas Obras Românticas são: “Uma lágrima de mulher” (1880), “Mistérios da Tijuca ou Girândola de Amores” (1883), “A Condessa Vésper” (1882), “Filomena Borges” (1884), “O Esqueleto” (1890), “A Mortalha de Alzira” (1894).
Suas Obras Naturalistas são: “O Mulato” (1881), “Casa de Pensão” (1884), “O Coruja” (1885), “O Homem” (1887), “O Cortiço” (1890), “Livro de uma Sogra” (1895).
Componentes: Daniele Dotto, João Antônio Löbler, Roger Silveira.
Turma: 301